Você deve estar se perguntando:
Os períodos de crises econômicas do século XX foram originados pela queda da bolsa e pelas guerras. A população, então, tinha seus hábitos de consumo “doutrinados” pelo marketing praticado em cima de situações características a este tempo. Entre elas, a escassez de dinheiro, a falta de opções no mercado e de informações sobre os produtos. Hoje o cenário é totalmente diferente.
A busca pela autenticidade tornou os novos consumidores mais individualistas, envolvidos, independentes e muito bem informados. Isto é essencial em uma sociedade onde a escassez de atenção, tempo e confiança lhes conferem plenos poderes na economia. Tudo isso atrelado a um fator primordial com o advento da internet: a produção de conteúdo que faz do marketing digital uma verdadeira alavanca do ROI nos negócios.
Desta forma, antes o marketing tinha apenas a missão de apresentar um produto como uma suposta solução a um problema ou necessidade da época. Hoje, ele precisa de mais do que isso: precisa apresentar com seriedade este produto, conquistar o consumidor com bons argumentos, convencê-lo de que é bom o bastante e ainda provar que é melhor que o do concorrente. Tudo isto competindo com informações que chegam a todo instante ao público alvo, podendo rejeitá-las quando bem entender.
David Lewis e Darren Bridges, autores do livro “A Alma do Novo Consumidor”, afirmam que tudo isto tem um motivo para ocorrer. Os avanços tecnológicos nos meios de produção e o acesso à informação trouxeram mudanças de comportamento nas últimas décadas. Hoje o homem quer mais do que saciar o seu desejo de compra, ele quer entrar em uma loja virtual ou website e encontrar algo que lhe proporcione o prazer de ser autêntico perante uma sociedade que valoriza o que seja original.
A busca por esta “autenticidade” fez com que empresas e agências de publicidade se desdobrassem ao longo dos anos para tentar entender quem é esta nova “autoridade digital”. Também é preciso descobrir o que ela está buscando em cada item que admira numa vitrine ou na internet: o que gasta, o quanto gasta, quando, onde e porque faz tais compras. Tudo isso trouxe mudanças também na maneira com que se aborda o público na internet.
Hoje o público consumidor valoriza cada segundo perdido em meio a uma rotina estressante e bastante tumultuada, na qual 24 horas por dia não bastam. E em meio a tudo isto, a atenção deste consumidor é algo raro de se conseguir. Se o mesmo estiver com um celular na mão é ainda pior.
São inúmeras obrigações que lhe ocupam o dia: casa, trabalho, estudos, família, lazer, filhos, contas e mais contas para pagar. Obter um minuto de atenção de uma pessoa, cuja mente está 90% ocupada com estas questões, pode significar sucesso nas mãos de quem melhor compreendê-la e souber persuadi-la. É quando o marketing de conteúdo faz a sua parte, atraindo da maneira mais interessante possível a atenção dos clientes.
Antigamente, quando não havia a internet, era preciso identificar o que atraía a atenção de cada um em um público específico. Para tanto, descobriu-se que a maneira mais precisa de identificar produtos e serviços de maior apelo aos novos consumidores não era por meio da segmentação tradicional. Grupos religiosos, idosos, crianças, adolescentes, professores, engenheiros e outros foram substituídos pela análise de qualidade.
Trata-se de um mapeamento muito mais detalhado, que analisa o estilo de vida e interesses pessoais de um indivíduo na sociedade através de seus próprios hábitos de consumo. Este mapeamento é gerado a cada nova compra realizada no site, a cada login feito e através de pesquisas de opinião e mercado, o que é bastante comum em operadoras de cartão de crédito, por exemplo, e outras lojas e departamentos online.
Desta forma não há suposições sobre o que tais grupos gostariam de comprar ou não, ao contrário da segmentação. Tudo que o consumidor quer e gosta já é criteriosamente oferecido a ele, de forma que as chances de venda são muito maiores. É desta maneira que os grandes centros de compras já se organizam e promovem seus negócios.
Contudo, em um mercado cada vez mais competitivo que oferece uma abundância cada vez maior de opções, tanto os consumidores quanto os produtores precisam de ajuda extra para se destacar. Nesta linha, a produção de conteúdo on-line ou “inbound marketing” é uma poderosa ferramenta. Ela é considerada mais espontânea e possui poder de “viralizar”, ou seja, se todos gostarem, compartilharão nas redes sociais e espalharão por outros aplicativos, como o WhatsApp, por exemplo.
Assim, através desta produção de conteúdo que difunde informação, propaganda e distração ao mesmo tempo, são apresentados produtos e serviços on-line. Isso ocorre através de sites institucionais, páginas de Facebook, Twitter, blogs de renome, canais do Youtube e contas pessoais de atores e apresentadores. Estes meios vão promovê-los aos respectivos grupos de consumidores seletivos com mais “espontaneidade”.
Quanto mais acessos, mais a informação é difundida e maior será a procura do público alvo pela prestação de serviços ou pelos produtos de uma empresa. É também uma forma de se aproximar do público alvo, garantindo que o mesmo tenha mais prazer ao se informar e que possa opinar sobre um produto ou serviço, participando assim da qualidade deste.
Mais do que se preocupar com a propaganda em si, o marketing de conteúdo se preocupa em fazer o cliente sentir prazer em comprar. Entender que o seu dinheiro será convertido em comodidade, autenticidade, felicidade e não em mais um gasto apenas, por causa de uma propaganda.
No mercado imobiliário, por exemplo, quem busca uma casa quer que ela também seja autêntica. Quando o corretor mostra ao cliente uma série de novidades a respeito do imóvel, além de condições de pagamento e financiamentos adequados, ele dá uma atenção especial que pode ser veiculada em forma de conteúdo. Este conteúdo conquista, este conteúdo vende!
O marketing digital considera o público alvo de cada segmento e permite entendê-lo e valorizá-lo. Assim, as vendas aconteçam muito mais rápido. Uma troca de conhecimentos que permite ao consumidor gastar valorizando ainda mais o seu dinheiro.